Para que os músculos mantenham o grau de elasticidade satisfatória, é preciso alongá-los regularmente. Os exercícios de alongamento são indicados para pessoas de qualquer idade, demandam poucos minutos e não causam fadiga.
São imprescindíveis antes da realização de qualquer actividade física. Diminuem o risco de distensões, reduzem as tensões musculares, desenvolvem a percepção corporal, aumentam a amplitude dos movimentos e da flexibilidade.
Os exercícios devem ser executados de maneira lenta e contínua e, ao se atingir o ponto máximo suportável de alongamento da musculatura, pára-se o movimento e mantém-se a posição por
Todas as pessoas devem conhecer os seus limites e saber respeitá-los!
o Usar roupas leves, claras (se caminhar durante o período de sol), confortáveis e de tecido que absorva a transpiração.
o Usar calçado adequado. Deve estar bem ajustado para não ocasionar fricção inadequada em áreas de maior atrito.
o A velocidade e a duração do exercício, no início, devem obedecer a um programa determinado, personalizado e orientado por um professor de educação física.
o A frequência do pulso (que é a dos batimentos cardíacos) é que determinará a velocidade ideal da caminhada.
A frequência cardíaca na actividade aeróbica deve ficar entre 65% e 80% da frequência cardíaca máxima e o exercício deve ser feito por cerca de 30 minutos. Deve ser calculada da seguinte maneira:
220 – idade da pessoa = frequência cardíaca máxima (FCM)
FCM x 0,7 = frequência cardíaca ideal durante a actividade aeróbica.
Por exemplo, uma pessoa de 50 anos:
220 – 50 = 170; 170 x 0,7 = 119 batimentos por minuto.
Os parâmetros a serem mensurados na avaliação da aptidão física de uma pessoa são a resistência cardiorespiratória, a força, a flexibilidade, a resistência muscular e a composição corporal.
A resistência cardiorespiratória é a capacidade do sistema cardiovascular e do aparelho respiratório que permite a realização de esforços físicos de intensidade moderada por períodos de longa duração. É ela que determina o nosso fôlego.
Para que se consiga obter maior resistência cardiorespiratória, os exercícios aeróbicos (caminhar, jogging, natação, ciclismo) devem ser executados com uma intensidade determinada pela frequência cardíaca (número de batimentos por minuto), de forma regular e de maneira contínua, durante, no mínimo, 30 minutos, com uma frequência de três a cinco vezes por semana.
Durante o trabalho físico, os vasos sanguíneos dos músculos dilatam, permitindo que corra mais sangue entre as células. O coração bate mais depressa, aumentando a quantidade de sangue por minuto. Aumentam a frequência e a profundidade dos movimentos respiratórios, fazendo com que o sangue que passa pelos pulmões saia mais rico
Um estudo desenvolvido pela Universidade de Turim concluiu que os futebolistas profissionais correm um risco acrescido de desenvolver Esclorose Lateral Amiotrófica (ELA), mas não identificou a causa da maior incidência desta patologia neuromotora, na modalidade mais popular no mundo. Adriano Chiò, cientista da Universidade de Turim, revelou que em sete mil futebolistas examinados foram descobertos cinco casos de ELA. Na mesma amostra de população não futebolista a média é de 0,8 casos desta doença, que consiste na morte de células nervosas responsáveis pelos movimentos voluntários e pode conduzir à paralisia e à morte. A causa e a alta taxa de incidência da doença continuam a ser um mistério, mas, segundo a revista “Brain”, além da "inquestionável" origem genética, traumatismos cranianos, uso de substâncias dopantes e alguns vírus poderão desencadear a ELA
Um estudo da Universidade Médica de Viena não desvendou provas científicas de que o consumo de água com adição de oxigénio melhora o desempenho desportivo, como alegam os fabricantes deste produto em voga em vários países.
Este tipo de água, à qual lhe é adicionada grandes quantidades de oxigénio, é comercializado como um produto alegadamente capaz de fornecer oxigénio extra aos músculos, através da corrente sanguínea, mas não há dados científicos que apontem nesse sentido.
A equipa da Universidade Médica de Viena juntou um grupo de 20 jovens desportistas, cuja metade bebeu diariamente, durante duas semanas, litro e meio de água com adição de oxigénio (da marca existente no mercado que contem maiores quantidades do gás: 180 miligramas de oxigénio por litro de água) e os restantes beberam água não tratada.
Os cientistas submeteram ambos os grupos a exercícios intensos de bicicleta, medindo-lhes, nos momentos de máximo esforço, a performance e o consumo de oxigénio. Segundo os dados publicados pelos investigadores na edição de Março do “International Journal of Sports Medicine”, a água com adição de oxigénio não teve influência significativa nos parâmetros analisados nem na capacidade de trabalho dos desportistas.
“Não investigámos os benefícios que o consumo de água com oxigénio extra podem causar a níveis psicológico e mental”, esclareceram ainda os cientistas.
Este estudo tem semelhanças com outro publicado em 2001 pela Universidade de Wisconsin, patrocinado pela Conselho Americano do Exercício (associação não lucrativa), no qual foram mais medições, nomeadamente os batimentos cardíacos e a pressão arterial dos doze desportistas seleccionados, homens e mulheres em idade descolar.
“Só há duas maneiras possíveis de transportar oxigénio através do sangue: associado à hemoglobina ou dissolvido no plasma. Em desportistas saudáveis, a hemoglobina está já saturada em 97 ou 98 por cento com oxigénio. Obviamente, há muito pouco espaço para melhorar este valor”, explicou John Porcari, investigador doutorado da Universidade do Wisconsin, citado pelo “site” About.com (da The New York Times Company), vincando que “quaisquer benefícios da água aditada só podem ser atribuídos ao efeito placebo”: “nesta altura, não há provas científicas ou razões lógicas que sugiram que beber água com adição de oxigénio pode aumentar os valores de oxigénio na corrente sanguínea”.
Os investigadores analisaram ainda garrafas de duas marcas – Aqua Rush e SerVenRich – e descobriram que as quantidades de oxigénio eram três vezes inferiores às relatadas pelos fabricantes nos rótulos.
12 Dicas de como se deve praticar exercício.
1. Só praticar exercícios sob orientação.
2. Realizá-los com regularidade.
3. Transformar o exercício numa fonte de lazer.
4. Fazer os alongamentos e o devido aquecimento antes de praticar qualquer tipo de exercício.
5. Exercitar-se até se sentir "agradavelmente" cansado.
6. Não querer fazer tudo de uma vez e só uma vez.
7. Procurar o exercício mais adequado para as características do seu próprio corpo.
8. Praticar exercícios que requeiram movimentos fáceis e envolvam todos os grupos musculares.
9. Evitar competir com os outros e principalmente consigo mesmo.
10. Nunca praticar um desporto só no fim de semana, principalmente se não estiver com alguma preparação física.
11. Antes de se envolver num programa de exercícios, submeter-se a uma avaliação com o seu médico e procurar orientação de profissionais especializados.
12. Não se descuidar da hidratação. Quanto mais intensa a prática do exercício, maior a perda de água e sais minerais. Por isso beba muita água antes, durante e após o treino.
Riscos que correm as pessoas que praticam exercício sem orientação
A prática de exercícios sem uma avaliação médica anterior e sem orientação de profissionais especializados pode causar prejuízos, sobretudo:
- No sistema cardiovascular; - acidente vascular-cerebral, enfarto agudo do miocárdio, arritmias etc;
- Ao sistema osteo-articular ligamentoso, entorses, distensões, fracturas, ruptura de ligamentos, etc.